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Dicionário aberto de Espanhol de Jorge Mario Chávez Pérez



Jorge Mario Chávez Pérez
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cachimbiro en guatemala
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Uma palavra esquecida e muito atual. . . Esta redação de 1973. . . DO GRANDE MANUEL JOSÉ ARCE, ALGO QUE SE ADAPTA A TODAS AS ÉPOCAS. O narguilé é uma condição moral, não social ou econômica. Há narguilés sem ratatouille e há narguilés com ratatouille. Assim como há senhorio na prosperidade e na pobreza. O Cachimbiro é voraz, é rápido e é audacioso. Mas é desajeitado. Ame a vantagem, procure a oportunidade. Escolha o truque, corra atrás do brilho. Procure aproveitar tudo e todos. Ele é um defensor fanático da lei dos mais inteligentes. É costumeiro oportunista. Quando se adequa às suas aspirações, ele é lambiscon, sorridente, batendo na jaqueta. Mas assim que conseguiu o que se propôs a fazer, torna-se insolente e cínico. Tire o cobre, como costumavam dizer, ou puxe as unhas, como sempre dizem. O Cachimbiro sente suas limitações, mas não as conhece. E dentro desse quadro ele quer situar outros para usar. Ele tenta reduzir tudo às suas dimensões pessoais e depois passar por cima de tudo. Ele pega as ideias dos outros e, se não pode comprá-las, rouba-as, usurpa-as, mas elas são grandes demais para ele e ele não sabe como lidar com elas. O Cachimbiro sobe, sobe, sobe a todo custo. É – como aquela prosa de Carlos Wyld Ospina que não me canso de reler – como o Matapalo: procura as árvores, cresce à sua sombra, sobe-as, bebe a seiva, disfarça-se de nobre vegetal que espreme e afoga, mas nunca se desprende da sua condição parasitária e rastejante. Muitas vezes encontrei camponeses, operários, pequenos comerciantes que sabem ser verdadeiros senhores, de palavra plena e firme, de senhorio claro e leal. Conheci capitalistas, comerciantes e fazendeiros que sabem ser senhores, que governam seus atos, íntimos ou públicos, por um código pessoal de bondade e decência. Gente, pobre ou rica, que tem bom gosto de ser. Também encontrei, com dolorosa frequência, narguilés ardentes, pobres ou ricos, todos com o denominador comum de uma absoluta falta de elegância vital. Porque o narguilé confunde o popular – que é um valor nobre – com o vulgar. Confunde o elegante com o ostensivo. Ele confunde inteligência com esperteza. Confunda coragem com audácia. Ele confunde praticidade com falta de escrúpulos. Ele confunde influência sadia com mímica servil. O Cachimbiro é incapaz de romper os moldes da moral ultrapassada para ser regido por uma moral pessoal válida. O conceito de moralidade do narguilé é o da fachada honrosa que faz parte de seus truques e por trás da qual ele esconde a falta pessoal de valores e o escárnio dos valores alheios. O narguilé nunca tem sorte: empilha ratatouille. O ratatouille (que não é dinheiro) é seu objeto supremo: com ele ele será capaz de compensar todos os seus ressentimentos; com ela poderá adquirir poder para humilhar os outros; Com isso, ele tentará comprar imagem pública, um pedestal para mostrar sua falta de jeito mais evidente. Manuel José ArcePublicado no jornal El Gráfico em 2 de fevereiro de 1973

  






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