O senso comum nos diz que duas situações idênticas terão consequências idênticas para todos os éons. Mas acontece que se modificarmos um deles, com o tempo as diferenças se tornam muito perceptíveis. Isso foi comprovado pelo meteorologista americano Edward Norton Lorenz em 1973, omitindo alguns milésimos em um cálculo climático simulado por computador; comparando esses resultados com os do valor real, ele descobriu que o modelo havia mudado significativamente em uma projeção de apenas dois meses. Ele apresentou os cálculos em uma palestra intitulada "Previsibilidade, A Vibração de uma Borboleta no Brasil Pode Fazer um Tornado Aparecer no Texas?" , certamente inspirado pelo provérbio chinês "A leve vibração das asas de uma borboleta pode ser sentida do outro lado do mundo". Ou talvez no conto de Ray Bradbury "O Som como um Trovão", onde um personagem viaja de volta no tempo e acidentalmente mata uma borboleta, para retornar ao presente e encontrar um mundo totalmente mudado. Desde então, tem sido chamado de "efeito borboleta" a cada pequena mudança que, de acordo com a teoria do caos, poderia trazer enormes consequências no futuro.